quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Legislação

Impostos pesados no carnaval
Correio Braziliense - 09/02/2010 -->-->
TRIBUTAÇÃO

Folião paga taxa elevada durante a festa de Momo. Entre itens mais consumidos, carga chega a 54,8% do valor pago

Os brasileiros pagam muito imposto para brincar o carnaval. A carga tributária embutida nos produtos da folia, das fantasias aos instrumentos musicais, não merece festa. As bebidas, por exemplo, produtos bastante consumidos nos quatro dias da festa de Momo, são o ítem com a mais elevada taxação. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que fez um levantamento dos impostos cobrados sobre os artigos mais consumidos no período, a cerveja apresentou o maior percentual de tributos: 54,8%. Quem preferir beber refrigerante também não estará isento da taxação elevada. A bebida não alcoólica em lata embute 45,8% de tributos. Para usar um colar havaiano, um adereço bastante procurado no carnaval, o folião pagará 45,96% de tributos. De acordo com o presidente do IBPT, João Olenike, a explicação para a pesada carga de impostos sobre os itens “carnavalescos” reside no fato de eles serem considerados supérfluos. Olenike lembra que esses produtos, sem poderes para aliviar a crise econômica, passaram ao largo da desoneração tributária.

A lista do IBPT mostrou ainda que as fantasias de carnaval estão taxadas em 33,91% (as com arame) e 36,41% (as de tecido). O Fisco também abocanha 43,83% do preço pago pelo consumidor pelo confete e pela serpentina. A máscara de plástico paga 43,93% de imposto e a corneta, 34%.

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