segunda-feira, 11 de abril de 2011

Andando a passos largos III


O ambicioso plano da cachaça


Governo de MG promete ressuscitar programa para ampliar produção artesanal em 45%. Baixar imposto, reforçar marketing e criar centro de pesquisa estão entre medidas estudadas.


Paulo Henrique Lobato

Reprodução de matéria publicada no jornal Estado de Minas, de 16/02/2011


Adormecido há quatro anos, o Pró-Cachaça será ressuscitado pelo governo de Minas, que deseja associar a tradicional bebida artesanal, criada na época do Brasil colônia, ao nome do estado, a exemplo do uísque escocês, da vodca russa, do champanhe francês e da tequila mexicana. O primeiro passo será a nomeação dos 22 integrantes do conselho gestor do programa, o que ocorrerá em março.



Algumas medidas já foram definidas e serão implantadas nos próximos quatro anos: marketing agressivo para divulgar a branquinha nos mercados externos e interno, conseguir a indicação geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) – o título confere ao produto uma espécie de identidade, tornando-o mais confiável – e criar a primeira unidade estadual de pesquisa voltada para inovações e outras melhorias no setor. Outra medida é possibilidade da redução, de 12% para 8,4%, da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).



A promessa de reativação do Pró-Cachaça anima os fabricantes artesanais. A expectativa da Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq) é expandir a produção anual em 45,8%, de 240 milhões de litros para 350 milhões, depois de as medidas serem implantadas. A produção nacional artesanal soma 400 milhões, mas, quando levado em conta a aguardente industrializada, o volume chega a 1,3 bilhão. “Minas Gerais é responsável por 60% da cachaça de alambique. Somos 9 mil produtores, dos quais 900 são formais. O setor tem 45 mil empregos diretos. Se o governador cumprir o que está na página 62 do seu plano de governo (revitalizar o Pró-Cachaça), vamos agregar números melhores”, avalia Alexandre Wagner da Silva, presidente da entidade.



Ele elogia a estratégia do governo em associar a bebida ao estado, mas alerta que o sucesso do programa também depende da revisão dos impostos, pois, apesar de Minas responder por 60% do mercado nacional de aguardente artesanal, a cachaça industrializada – a maioria é fabricada em São Paulo e no Ceará – ainda domina o comércio brasileiro.


“Uma das metas é tentar, junto aos governos estadual e federal, a redução das alíquotas. Pretendemos abaixar (o ICMS) para 8,4%. Ainda é uma proposta”, antecipa Thiara Ribeiro, secretária executiva do programa, acrescentando que uma das consequências do Pró-Cachaça deve ser a migração de produtores informais para a formalidade. (...).

Nota:


A nossa esperança é que o mesmo processo seja executado no setor de micro cervejarias mineiras que hoje está formado por profissionais que tiveram em suas bases os seguintes temas: a produção caseira (Falke Bier); a ampliação do portfólio de produtos do negócio (Backer/Wals) e a tradição secular de fabricar cervejas (Krug Bier).


Que a foto acima seja, em breve, relacionada também à cerveja artesanal mineira.

Um comentário:

Nauru Mendes disse...

Q isto não demore rsrs
vamos Minas , esta na hora de sair do atraso ,

 
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