terça-feira, 13 de julho de 2010

Monte Verde II


Monte Verde prestigiada por associados da AcervA Mineira - Imperdível!

Por Fabiana Arreguy

Se todo artista deve ir aonde o povo está, não é diferente com o cervejeiro. Afinal, o que são cervejeiros se não artistas corajosos, criativos e por que não um pouco loucos? Pois foi seguindo essa máxima que no sábado, 10 de julho, cervejeiros caseiros de São Paulo e Minas foram para o meio da rua de Monte Verde mostrar o que sabem fazer: cerveja - e da boa!

O cenário europeu do pequeno distrito no sul de Minas não poderia ser mais perfeito! Frio bem perto de zero, araucárias distribuindo os mais variados tons de verde, rua lotada de gente e bares simpáticos, todos eles com algum tipo de cerveja especial no cardápio... realmente um paraíso.

A idéia partiu da Acerva Paulista, que organizou o evento com verdadeira riqueza de detalhes. Para começar, a cozinha dos cervejeiros chegou a Monte Verde na carroceria da Marta Rocha, a caminhonete ano 1958 emprestada pela microcervejaria Colorado de Ribeirão Preto. E para completar esse show, a caminhonete veio rebocada por um guincho mais que especial: o Penélope Charmosa - todo cor de rosa, comandado por duas mulheres, de salto alto e tudo! Imagine esse desfile pela Avenida Monte Verde, praticamente o coração e o cérebro da cidade. Curiosidade total de turistas e moradores atiçada. O marketing perfeito! Era só a prévia do espetáculo do dia seguinte...

O sábado começou cedo para os bravos cervejeiros. 8 da manhã, 5 graus marcados nos termômetros, e Marta Rocha foi trazida para o centro da Avenida Monte Verde. Ali, em frente ao bar Beija Flor, foi montada a cozinha que funcionaria por todo o dia. A cerveja escolhida para produção: uma brown ale em celebração ao inverno. Idéia do Marcelo Carneiro da Colorado, um dos patrocinadores do evento. Montagem pronta - começa o show! Cervejeiros em ação, os bares em volta foram se enchendo, gente vindo de todos os lados, carros parando para olhar o que estava acontecendo... e o mais emocionante: o rosto de espanto, curiosidade, desconfiança e encantamento no final de todos os que paravam para se inteirar do que acontecia ali.

Para nós, que participávamos de certa forma como agentes daquela ação, foi indescritível a sensação de ver a mais pura e autêntica beer-evangelização acontecendo. Por mais que falemos sobre o mundo vasto mundo da cerveja, mostrar na prática como essa bebida simples, mas tão complexa, passa a existir vale mais do que qualquer palestra ou programa Pão e Cerveja. Bastava ver nos olhos daquelas pessoas...

Para além da brassagem, o clima de inteiração entre os paulistas e mineiros participantes foi outro gol marcado pelos organizadores, em especial o David dos Lamas. Foram muitas as experiências trocadas, muitas piadas contadas, muita cerveja deliciosa degustada e rolou até uma tentativa de ensinar aos paulistas o grito bárbaro do Daniel Dragenvaard - ooooeeee!!!! Bom, mas essa lição não foi muito bem assimilada... vai ter de ser repetida em outra chance, esperamos que ensinada pelo próprio autor...

Depois desse fim de semana especialíssimo, Marco e Ronaldo Falcone, José Bento, Cristiam Rocha e eu, Fabiana ( a comissão mais palhaça já existente), saímos de lá malucos para repetir a experiência em Belo Horizonte. Pensamos até no cenário ideal: Mercado Central.

E então, podemos pensar nessa possibilidade?

Pão e Cerveja para todos!!!!

3 comentários:

JBento disse...

Fabiana, belíssimo texto. Deu até saudade!
Cerveja no Mercado Central??? Isso dá pra fazer!!!

abraços
Bento

David - Lamas Bier disse...

So de ler o texto, me veio a mente tudo novamente...um ÈPETACULO!
E podem marcar ai que com certeza aparecerei :)

Linda foto, alias
Pão e Cerveja
David

Danyaell disse...

Hmmm, deve ter sido realmente excepcional esse encontro. Pena que eu estava tão longe, hehe.

 
.