segunda-feira, 7 de junho de 2010

Economia: Bares II


Especialização - Garçons
Sem qualificação, setor deixa de gerar 7.000 empregos

Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG). Paulo Nonaka, a origem dos problemas está na falta de mão de obra qualificada para atender o setor. “Existe um déficit de cerca de 7.000 vagas de trabalho no setor. Só em Belo Horizonte, a média de funcionários por estabelecimento é de seis pessoas, quando o ideal seriam sete”, disse. De acordo com o empresário, a entidade tem investido em qualificação e capacitação, seja na manipulação de alimentos ou no serviço de atendimento. “Existem vários convênios firmados com instituições, como o Serviço Nacional de Apoio ao Comércio (Senac)”, completa. A carência, segundo Nonaka, está em todas as áreas, desde copeiros e cozinheiros até garçons e gerentes. “Isso acaba causando esse mau atendimento”, reconhece.
Ele ressalta que o apagão de mão de obra não é exclusividade do segmento de bares e restaurantes. “Setores como a construção civil e a hotelaria também passam pelo mesmo problema”, afirma. Segundo ele, a curto prazo, o problema está longe de ser sanado. Ele estima, por exemplo, que serão abertas cerca de 4.000 vagas temporárias para a Copa do Mundo, mas “dificilmente” todas serão preenchidas, devido à falta de qualificação profissional.
O número estimado de bares e restaurantes, associados e não associados à Abrasel-MG, em Belo Horizonte é de 12 mil, segundo a entidade. Na capital, existe um estabelecimento para cada 200 habitantes. O setor emprega atualmente cerca de 72 mil pessoas na capital mineira e 300 mil em Minas Gerais.

Paulo Nonaka disse que a Abrasel-MG não tem um canal de relacionamento com o consumidor. “Como não somos uma agência reguladora, não temos a função de receber as reclamações”, disse. (ZM)

Nenhum comentário:

 
.