sexta-feira, 18 de setembro de 2009

MG: postos de gasolina viram bares à noite

Saiu ontem de manhã no Jornal Bom Dia Brasil, uma reportagem de pessoas que compram bebidas alcoólicas em áreas de conveniência de postos de gasolina e que consomem a bebidas no próprio local, e após consumo dirigem veículos, na Região de Belo Horizonte.

Peço a todos associados que não tomem cerveja dentro de postos ou em suas imediações para que não comprometamos aqueles estabelecimentos e a nossa Associação de Cervejeiros. Temos que manter a boa prática em respeitarmos a Lei. Comprem as suas cervejas, levem para casa, mas não prejudique as imagens, inclusive, a sua imagem!

Em Belo Horizonte, postos vendem bebidas para jovens e adolescentes, que depois se arriscam nas ruas e avenidas da cidade.

É lei: o motorista que tiver ingerido álcool antes de dirigir pode ser punido com uma infração grave e ter o direito de dirigir suspenso por um ano. Mas o que o Bom Dia mostra é um flagrante de desrespeito. São postos de combustíveis que à noite se transformam em bares.

Parece uma festa. Jovens conversam, bebem e dançam em cima dos carros. A música alta vem dos veículos que estão por ali, estacionados.

O ponto de encontro é em um posto de combustíveis na região norte de Belo Horizonte. Cerveja, vodka: tudo é comprado na hora. A loja de conveniência fica lotada. Um rapaz toma a cerveja lá dentro. Um homem enche os copos dos amigos. Encostados nos carros, em pé, muitos passam a noite bebendo.

Na região sul de Belo Horizonte, outro posto oferece mais conforto, com mesas, cadeiras e até garçonete. Em outro local da capital mineira, a geladeira está cheia pra atender os clientes que chegam à noite toda.

Os postos de Belo Horizonte podem vender bebidas alcoólicas, mas a lei é clara: posto não é bar e o consumo dentro dele é proibido. O dono ser multado em R$ 1 mil e ainda corre o risco de perder o alvará de funcionamento.

No Brasil, existe uma lei federal que impede a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em postos que estão perto das rodovias, mas dentro das cidades são as prefeituras que definem as regras e que são responsáveis pela fiscalização.

Um rapaz já entra na loja de conveniência com a garrafa aberta. E a turma desce do carro com garrafas de cerveja. São jovens em busca de mais bebida.

Depois de beber à vontade, muitos pegam o carro e arriscam: voltam pra casa dirigindo. Sem o cinto de segurança e com uma garrafa na mão, um motorista sai do posto. A moto entra na contramão. O carona tenta tampar a placa. É uma imprudência atrás da outra. Um carro também vai para a contramão e entra de novo no posto.

“É um situação muito complicada, porque como você vai fazer com que os jovens, as pessoas ou mesmo até outros deixem o ambiente? Nós não temos poder de polícia para exigir que o indivíduo cumpra muitas vezes a legislação”, ressalta o presidente do Sindicato Postos de MG, Sérgio de Mattos.

Nem a presença da polícia inibe o consumo. Eles chegam, conversam e conseguem abaixar o som, mas a bebedeira continua.

“Posto de gasolina só deve vender só gasolina. Agora, esses postos de gasolina e essas lojas de conveniência viraram botecos também? Eles estão com efeito de bebida e infernizam quem tiver na frente deles”, diz um rapaz.

Os donos de dois postos mostrados na reportagem informaram que os funcionários avisam os clientes que não é permitido consumir bebidas alcoólicas dentro da loja de conveniência, mas alegam que é difícil fazer este controle.

No outro posto, onde foi montado um barzinho com mesas e cadeiras, o dono disse que desconhece a lei e vai continuar o comércio.

A Polícia Militar afirmou que a responsabilidade de fiscalizar o consumo de bebida alcoólica dentro dos postos é da prefeitura.

Sobre a fiscalização, a prefeitura de Belo Horizonte informou que nunca fez nenhuma ação nesses postos, porque, até hoje, não houve denúncia de irregularidades e que só faz autuações em caso de flagrantes.

Fonte:http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,16008,00.html

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