Ambev investe em cerveja que não ‘estufa’
Com novo produto, que chega ao mercado de São Paulo esta semana, fabricante quer atrair novos consumidores e ampliar o mercado da bebida
13 de outubro de 2010 22h 30
Naiana Oscar, de O Estado de S. Paulo
13 de outubro de 2010 22h 30
Naiana Oscar, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Nos últimos três anos, a Ambev ouviu 2,5 mil pessoas por mês para saber o que precisava mudar na fórmula da cerveja para que o brasileiro consumisse mais. Os consumidores, segundo a empresa, foram quase unânimes: queriam ir menos ao banheiro e se sentir menos "estufados" depois de algumas latinhas.
O centro de desenvolvimento de produtos da empresa ainda não conseguiu atender ao primeiro pedido, mas o segundo chegará ao mercado paulista neste fim de semana.
Produzida por meio de um ciclo rápido de baixa fermentação, a Skol 360º é uma cerveja mais leve, com 4,2% de teor alcoólico. "Chegamos a um líquido que não causa aquela sensação de empapuçamento, principalmente quando se associa cerveja à comida", explicou o mestre cervejeiro Luciano Horn, responsável pelo desenvolvimento do novo produto da linha Skol, marca que detém 33% de participação no mercado brasileiro.
A intenção, segundo a Ambev, é mais do que alcançar um público que não está habituado a beber cerveja, mas introduzir a bebida em "ocasiões" em que ela ainda sofre resistência, como as que envolvem refeições. "Quando pensa em reunir os amigos para comer, o brasileiro opta por outro tipo de bebida – a exceção é o churrasco", diz Pedro Earp, diretor de marketing da Skol.
A fórmula foi desenvolvida em conjunto por profissionais dos centros de desenvolvimento tecnológico da empresa no Brasil, na China, EUA e Bélgica. A empresa não divulgou quanto investiu no projeto – disse apenas que o valor integra os R$ 2 bilhões destinados ao País em 2010.
Consumo
Para alguns consultores especialistas em cerveja, por trás da estratégia da Ambev de agradar os consumidores, acabando com a sensação de "estufamento", há dois interesses evidentes: aumentar o consumo no mercado brasileiro e reduzir custos de produção, já que o período menor de fermentação permite que os tanques sejam melhor aproveitados, com cerveja nova.
A Skol 360º começou a ser testada em abril, em Goiás e Brasília. "Atingimos 10% de participação nos dois mercados nesse período", diz Carlos Lisboa, vice presidente de marketing da Ambev. A partir de sábado, o produto estará à venda em São Paulo, Campinas, Santos, Sorocaba e no Vale do Paraíba. Até o início de 2011, deve ser oferecido em todo o território nacional. O preço sugerido é o mesmo da Skol tradicional.
A campanha publicitária, desenvolvida pela F/Nazca, também começa a ser veiculada no fim de semana. Alguns dos elementos estéticos das campanhas da Skol foram mantidos. Mas, para dar uma identidade nova ao produto, a agência criou a figura do "homem-baiacu" – pessoas que "inflam" , como o peixe, depois de tomar um copo de cerveja. "Nosso desafio foi mostrar que essa não é um produto de nicho: é um produto novo, que vem para concorrer com a própria Skol", diz Fábio Fernandes, sócio da agência.
O centro de desenvolvimento de produtos da empresa ainda não conseguiu atender ao primeiro pedido, mas o segundo chegará ao mercado paulista neste fim de semana.
Produzida por meio de um ciclo rápido de baixa fermentação, a Skol 360º é uma cerveja mais leve, com 4,2% de teor alcoólico. "Chegamos a um líquido que não causa aquela sensação de empapuçamento, principalmente quando se associa cerveja à comida", explicou o mestre cervejeiro Luciano Horn, responsável pelo desenvolvimento do novo produto da linha Skol, marca que detém 33% de participação no mercado brasileiro.
A intenção, segundo a Ambev, é mais do que alcançar um público que não está habituado a beber cerveja, mas introduzir a bebida em "ocasiões" em que ela ainda sofre resistência, como as que envolvem refeições. "Quando pensa em reunir os amigos para comer, o brasileiro opta por outro tipo de bebida – a exceção é o churrasco", diz Pedro Earp, diretor de marketing da Skol.
A fórmula foi desenvolvida em conjunto por profissionais dos centros de desenvolvimento tecnológico da empresa no Brasil, na China, EUA e Bélgica. A empresa não divulgou quanto investiu no projeto – disse apenas que o valor integra os R$ 2 bilhões destinados ao País em 2010.
Consumo
Para alguns consultores especialistas em cerveja, por trás da estratégia da Ambev de agradar os consumidores, acabando com a sensação de "estufamento", há dois interesses evidentes: aumentar o consumo no mercado brasileiro e reduzir custos de produção, já que o período menor de fermentação permite que os tanques sejam melhor aproveitados, com cerveja nova.
A Skol 360º começou a ser testada em abril, em Goiás e Brasília. "Atingimos 10% de participação nos dois mercados nesse período", diz Carlos Lisboa, vice presidente de marketing da Ambev. A partir de sábado, o produto estará à venda em São Paulo, Campinas, Santos, Sorocaba e no Vale do Paraíba. Até o início de 2011, deve ser oferecido em todo o território nacional. O preço sugerido é o mesmo da Skol tradicional.
A campanha publicitária, desenvolvida pela F/Nazca, também começa a ser veiculada no fim de semana. Alguns dos elementos estéticos das campanhas da Skol foram mantidos. Mas, para dar uma identidade nova ao produto, a agência criou a figura do "homem-baiacu" – pessoas que "inflam" , como o peixe, depois de tomar um copo de cerveja. "Nosso desafio foi mostrar que essa não é um produto de nicho: é um produto novo, que vem para concorrer com a própria Skol", diz Fábio Fernandes, sócio da agência.
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